quinta-feira, 9 de junho de 2011

365 motivos para odiar Belém

          Adoro minha cidade. Contudo, mantenho com ela uma relação de amor e ódio. Considero improvável que qualquer criatura com um mínimo de bom senso fique indiferente à certas singularidades da nossa Belém do Pará.

Ver-o-peso: tradicional cartão postal de Belém.
     Por isso, convido todos a participar desta postagem, contribuindo com meu projetinho "365 motivos para odiar Belém", indicando motivos para odiar nossa amada terra natal. Mande o seu.
      Salve Belém.

1º motivo: A população da grande Belém ajudou a eleger um dos maiores corrúptos do país ao cargo de senador.

2º motivo: Ver-o-peso - nosso belíssimo cartão postal. Belíssimo? Só se for de noite!

3º motivo: Nosso atual prefeito. Sem comentários.

4º motivo: O trânsito de Belém. Impossível não se aborrecer com os motoristas "furando" o sinal e bloqueando a passagem dos veículos da transversal.

5º motivo: O autor deste blog, por ter conjecturado sobre o projeto "365 motivos para AMAR Belém". Imperdoável.

6º motivo: Belém gera uma das maiores audiências do país para o programa do Gugu. Ptzzz!!!

7º motivo: Os nativos e seus celulares tocando um popsom no volume máximo, dentro de coletivos e estabelecimentos fechados. O pior é que não são só os nativos - os boyzinhos são idênticos.

Mande o seu.

Luciano Simões

8º motivo: O PÉSSIMO serviço de energia elétrica. Como um dos estados que mais contribui pra manutenção da energia elétrica nacional pode ter A Celpa --Cara e péssima-- como distribuidora? (Danilo) 

9º motivo: Os idiotas que escutam música sem fone de ouvido nos ônibus de Belém. Mereciam espancamento em praça pública, no mínimo. Já não basta o trânsito infernal e ainda temos que ter um idiota compartilhando, além da má educação, o péssimo gosto musical... e mesmo que fosse bom, ainda seria errado fazer isso contra os outras passageiros.  (Orlando Jr.)

10º motivo: A péssima qualidade das calçadas, que quando não tem postes no meio são esburacadas e cheias de desníveis, dificultando a mobilização de idosos e impossibilitando a de deficientes. (Lord-Yosef Alivert)

11º motivo: Os péssimos motoristas de Belém, todos eles. De carros particulares aos motoristas de ônibus, taxistas, motoqueiros, ciclistas, skatistas... é uma legião de motoristas ruins que na maioria dos casos é difícil saber quem não comprou a carteira...(Orlando Jr.)

12º motivo: As obras da cidade, mas especificamente uma das piores, senão a pior, obra rodoviária de Belém: o Complexo do Entroncamento! (Aurora)  

13° motivo: Como Belém sendo uma capital, possuir apenas 2 prontos socorros que atende uma demanda muito grande da população daqui mesmo, e ainda do interior.Por isso tá do jeito que tá (Mauricio Moraes)

14º motivo: Não sou de Belém, mas realmente as calçadas são ruins. Tentei passear a pé pelo centro e foi complicado. Aquelas ruas estreitas já deveriam ser calçadões. Só pedestre, sem carros. (Marcelo Lemisk)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Salomão Habib

                   Apreciei pela primeira vez o trabalho do Salomão em uma apresentação para estudantes no auditório de uma escola de Belém. Foi fascínio a primeira vista. A maestria com que este artista combinou camadas sonoras eruditas e acordes populares foi irresistível. Conquistou-nos a todos.
Salomão Habib, violonista paraense.

                Assisti outras apresentações locais e acompanhei com interesse alguns dos seus trabalhos. Comecei a sonhar alto: será que eu poderia, um dia, ser aluno do Salomão? Ainda sonho.
                A última apresentação do mestre que tive a oportunidade de apreciar foi na ocasião do Primeiro Encontro Espírita do Pará, realizado em janeiro deste ano. Ao lado de outros grandes violonistas paraenses, tais como Nego Nelson e Sebastião Tapajós, Salomão Habib errebatou o público.
                Contudo, este blog é pequeno demais para falar do Salomão. Deixo como sugestão o link para visitar o blog do próprio mestre. Em uma das postagens encontramos o currículo invejável de apresentações nacionais e internacionais do artista.
Salve o mestre!


Luciano Simões

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um Mundo em Hipertexto

A primeira vez que assisti Minority Report (2002) fiquei deslumbrado com a possibilidade de, em um futuro próximo, podermos manipular textos virtuais, tal como faz a personagem John Anderton, interpretado por Tom Cruise no referido filme. Hoje estamos na fronteira dessa possibilidade. E o mais entusiasmante nesse processo é descobrir que ele foi impulsionado pela lógica dos games.
Minority Report (2002), filme de Steven Spielberg, baseado na obra de mesmo nome de Philip K. Dick.
 Segundo a professora e pesquisadora brasileira Lucia Santaella, compreender a revolução moderna do mundo do games é fundamental para entender como outras instâncias comunicativas e interativas aperfeiçoaram suas próprias lógicas. Acerca do crescimento do mercado dos games, Santaella explica:
Lúcia Santaella, uma das maiores intelectuais brasileiras no campo da Semiótica.
Para se ter uma idéia do papel que os jogos eletrônicos estão desempenhando na cultura humana deste início do terceiro milênio, basta dizer que a movimentação financeira de sua indústria é a primeira na área de entretenimento, superior à do cinema, e a terceira no mundo, perdendo apenas para a indústria bélica e a automobilística.

       (SANTAELLA, Lúcia. Games e comunidades virtuais. Em: http://www.canalcontemporaneo.art.br/tecnopoliticas/archives/000334.html)

Sobre a interatividade proporcionada pelos jogos eletrônicos, Santaella explica que, no mundo virtual do jogo existem diferentes níveis envolvimento: uns mais rasos e outros mais profundos. Em um nível mais profundo, explica a doutora, a interatividade não funciona “apenas como experiência ou agenciamento do interator, mas como possibilidade de co-criação de uma obra aberta e dinâmica, em que o jogo se reconstrói diferentemente a cada ato de jogar” (idem). Significa dizer que, em certo nível de interatividade, o jogo nos permite recriar possibilidades e realidades alternativas no próprio contexto no qual estamos inseridos.
É mais ou menos isso que Anderton faz diante dos hipertextos holográficos, em Minority Report – ou Tony Stark, em o Homem de Ferro. É uma lógica de jogo, manipulação cibernética, criação e co-criação.


Hipertexto

Vagando pelo Wikipédia, encontrei o seguinte conceito:

"Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta." (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto)
       Contudo, a lógica que os computadores convencionais usam para “gerar” um hipertexto no “espaço” é notoriamente clássica, uma vez que um texto só pode ser visualizado quando outro estiver minimizado. Em outras palavras, ainda não é um super, hiper, mega hipertexto. Será, em definitivo, quando pudermos manipulá-lo, rasgá-lo, recriá-lo, contaminá-lo com nossa existência. Ou será assim, ou não será. E adivinha qual será o grande paradigma dessa revolução: O JOGO!

Luciano Simões